LER SOB A LUZ DA PORONGA é assenhorar-se de um mundo das eras passadas do boom da borra-cha, dos sonhos de enriquecimento a curto prazo, das intempéries enfrentadas pelos seringueiros, familiares, compadres e comadres das brenhas dos rios, lagos, igapós, igarapés, estradas de seringa, caminhos, muitas vezes, sem volta, desses filhos das matas e das águas.
Mesmo que muitos leitores e leitoras não tenham tido essas experiências de seringais, podem se familiarizar com tais paisagens e personagens de Sob a luz da poronga. cim leiam e apropriem-se dessas narrativas que, em grande parte, podem nos levar ao imaginário de um mundo que ainda não faz parte do passado; faz parte, na verdade, da identidade do "brabo", do "arigó", do caboclo e da cabocla, do e da indígena e também do branco nordestino, agora amazônico.
Hélio Rodrigues da Rocha
Universidade Federal de Rondônia
Sob a luz da poronga: memórias de nordestinos em seringais da Amazônia
Autoria: Auxiliadora dos Santos Pinto